Filme retrata impacto da epidemia de obesidade infantil no Brasil.
Algumas das crianças entrevistadas no documentário brasileiro Muito Além do Peso não têm mais do que 7 anos de idade. Mas suas fichas médicas se parecem com a de uma pessoa de meia-idade e bastante sedentária.
Pressão alta, colesterol elevado e diabetes tipo 2, problemas no pulmão e no coração são apenas alguns dos males que afetam esses meninos e meninas.
Pressão alta, colesterol elevado e diabetes tipo 2, problemas no pulmão e no coração são apenas alguns dos males que afetam esses meninos e meninas.
Em 84
minutos, a diretora Estela Renner e o produtor executivo Marcos Nisti
procuraram mostrar o impacto da epidemia de obesidade infantil no Brasil pelo
prisma das próprias crianças.
“O holofote
aqui está todo na vítimas, porque a criança está sozinha nessa discussão,
enquanto as pessoas ficam debatendo de quem é a culpa”, disse Nisti, em
entrevista à BBC Brasil.
Ao longo do
documentário, há cenas de crianças que não reconhecem uma cenoura ou um mamão,
mas conhecem todas as marcas de salgadinhos e bolachas recheadas.
Muitos
meninos contam ficar sem fôlego ao brincar ou correr e dizem preferir a
televisão a atividades físicas. Por dia, as crianças brasileiras passam em
média três horas na escola e cinco diante da televisão, de acordo com dados do
Ibope e da FGV citados no filme.
O filme
cita ainda outros dados numéricos, como o fato de 56% dos bebês brasileiros tomarem
refrigerante frequentemente antes do primeiro ano de vida, segundo a Unifesp.
Chefs e especialistas brasileiros e internacionais em nutrição e saúde da
criança também são entrevistados no documentário.
Estela e
Nisti afirmam que procuraram não apontar apenas um culpado pela epidemia, com
entrevistas que questionam o papel da publicidade em produtos infantis, a falta
de orientação por parte dos pais e a omissão das escolas.
Fonte: BBC Brasil - 04.12.2012
Fonte: BBC Brasil - 04.12.2012