A importância do ritmo na educação infantil

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Colocar limites é um ato de amor

Colocar limites é um ato de amor (clique no link para ler o artigo inteiro): Assim como a água para formar um rio necessita de margens, a criança necessita de adultos que lhe ensine os parâmetros para se tornar efe...

A Luz Que Mora Dentro da Gente



Este vídeo foi feito a partir do trabalho realizado pela equipe do Projeto Escola de Braços Abertos, com a contação de histórias em 10 escolas da rede pública de Armação de Búzios, no estado do RJ.

A Luz Que Mora Dentro da Gente é um livro de Flávia Rosas com ilustrações da pintora Mônica Stein, editado pela Editora Omnisciência.

COADE: CASO EDITORA ABRIL

COADE: CASO EDITORA ABRIL:   No último dia 19 de fevereiro, membros do COADE estiveram em audiência com a Promotora de Justiça Luciana Bergamo que recebeu a denúnci...

A epidemia de obesidade infantil no Brasil



Filme retrata impacto da epidemia de obesidade infantil no Brasil.

Algumas das crianças entrevistadas no documentário brasileiro Muito Além do Peso não têm mais do que 7 anos de idade. Mas suas fichas médicas se parecem com a de uma pessoa de meia-idade e bastante sedentária.

Pressão alta, colesterol elevado e diabetes tipo 2, problemas no pulmão e no coração são apenas alguns dos males que afetam esses meninos e meninas.

Em 84 minutos, a diretora Estela Renner e o produtor executivo Marcos Nisti procuraram mostrar o impacto da epidemia de obesidade infantil no Brasil pelo prisma das próprias crianças.

“O holofote aqui está todo na vítimas, porque a criança está sozinha nessa discussão, enquanto as pessoas ficam debatendo de quem é a culpa”, disse Nisti, em entrevista à BBC Brasil.

Ao longo do documentário, há cenas de crianças que não reconhecem uma cenoura ou um mamão, mas conhecem todas as marcas de salgadinhos e bolachas recheadas.

Muitos meninos contam ficar sem fôlego ao brincar ou correr e dizem preferir a televisão a atividades físicas. Por dia, as crianças brasileiras passam em média três horas na escola e cinco diante da televisão, de acordo com dados do Ibope e da FGV citados no filme.

O filme cita ainda outros dados numéricos, como o fato de 56% dos bebês brasileiros tomarem refrigerante frequentemente antes do primeiro ano de vida, segundo a Unifesp. Chefs e especialistas brasileiros e internacionais em nutrição e saúde da criança também são entrevistados no documentário.

Estela e Nisti afirmam que procuraram não apontar apenas um culpado pela epidemia, com entrevistas que questionam o papel da publicidade em produtos infantis, a falta de orientação por parte dos pais e a omissão das escolas.

Fonte: BBC Brasil - 04.12.2012

A difícil arte de ser criança no século XXI


Artigo de Reinaldo Canto - Carta Capital

Espaços limitados, alimentos industrializados, sedentarismo e publicidade abusiva são alguns dos obstáculos para o desenvolvimento de uma infância saudável e equilibrada.

Não é tarefa das mais fáceis criar filhos nesses tempos modernos, cercados de alta tecnologia e profundas mudanças de comportamento. Nós, pais, costumamos nos queixar dos apelos do consumismo e da pressão exercida pelas crianças para comprar uma gama variada e extensa de traquitanas de todos os tipos e valores. Temos que trabalhar arduamente para fazer frente a essas pressões, mas também para garantir educação, saúde e o lazer dos pequenos.
Por outro lado, já tentamos fazer o exercício de nos colocar no lugar deles? Tenha em mente que a vida de nossas “pestinhas” também não é um mar de rosas!
Pois bem, aqui registro algumas reflexões sobre a cada vez mais complexa condição de ser criança neste século. No passado, não tão remoto assim, o ser criança era, de uma determinada maneira, bem mais simples. Brincar era uma atividade invariavelmente praticada na rua. Estudar, basicamente na escola do bairro. E comer, ato trivial e cotidiano, o almoço e o jantar preparados pela mãe, avó ou outros familiares. Só para fechar o rol de atividades mais ordinárias do dia a dia, assistir televisão era apertar o botão e usufruir da limitada programação ao lado da família. Fosse ela de conteúdo destinado às crianças ou adultos.
Eis que tudo mudou, e não foram poucas as mudanças. A acelerada urbanização trouxe consigo dois fenômenos gêmeos: a redução dos espaços e a verticalização. Como consequência, a rua deixou de ser um local para brincar e passou a exercer o papel de vilã. Agora, rua é sinônimo de perigo! Azar das crianças que tiveram reduzidos os seus espaços tradicionais.
O correr livre e solto praticamente deixou de existir. Brincar em casa virou regra, ao invés de exceção. E, o mundo virtual acabou por ocupar esse vazio. Agora não é mais a criança que corre, joga bola e se exercita com outras brincadeiras ao lado dos amiguinhos: quem faz isso é o vídeo game. Os relacionamentos se desenvolvem nas redes sociais. Resultado: crianças sedentárias e obesas.
Por falar em obesidade, a variedade de produtos comestíveis muito atrativos, saborosos e, em geral, pouco saudáveis, é uma verdadeira tentação a nos provocar, com especial atenção às nossas crianças. Um prato que contenha cereais, carnes e legumes perdeu toda a graça diante das suculentas porções de “batatas com sabor artificial de bacon, com queijo cheddar”.
As frutas na sobremesa, comuns na alimentação do passado, têm sido substituídas por doces coloridos com muito açúcar e gorduras. Tudo isso agravado pelo fato de os pais trabalharem fora e as refeições preparadas por eles terem sido substituídas por pratos prontos.
Para completar o kit “obeso e sedentário”, a televisão também chamada por muitos pais de “babá eletrônica”, possui atualmente um leque de canais para o entretenimento de qualquer idade. São variados, e em bom número, aqueles dedicados às crianças. Ali, a publicidade deita e rola oferecendo a felicidade em forma de brinquedos e roupas mágicas e especiais. Mais pressão sobre os pais e muita frustração para os filhos que não terão acesso a todas aquelas maravilhas! 
“Muito Além do Peso” merece ser assistido
Uma triste combinação de alimentos nada naturais, tecnologia sofisticada e insegurança carregam consigo uma carga de variados comprometimentos ao futuro das novas gerações.  Entre elas, as nossas crianças começam a apresentar sintomas de doenças conhecidas até pouco tempo apenas em adultos. Problemas no coração, respiratórios, diabetes, hipertensão e até mesmo depressão já fazem parte dessa nova realidade.
Sobre esse tema, vale a pena conferir o documentário Muito Além do Peso (www.youtube.com/watch?v=K0y82oVGiPE) que aborda as grandes e nocivas mudanças de consumo na infância. Algumas das alarmantes constatações de especialistas entrevistados no filme apontam que 33% das crianças brasileiras já estão acima do peso. Outras 56% consomem refrigerantes com alguma frequência. A diretora Estela Renner imprime um tom dramático em histórias reais, que seriam até engraçadas se não fossem trágicas.
Escolas que formam super-heróis
Por fim, o ato de estudar ganhou ares extremos de complexidade. A variedade de escolas pedagógicas causa, em primeiro lugar, um verdadeiro nó na cabeça dos pais. Qual a melhor para o meu filho? Em qual ele ou ela irá se tornar uma pessoa de valores éticos e morais altíssimos, humano, solidário, sensível e ao mesmo tempo capaz de enfrentar todos os obstáculos e superar os concorrentes que ousarem enfrenta-lo? Não podemos admitir que nossos filhos sejam algo menos que um super-homem/super mulher ou um semideus/semideusa.
Será que a escola está sendo capaz de desenvolver todo o imenso e extraordinário potencial do meu filho? Nesta hora, a pressão sobre os pequenos, mesmo que indireta, começa a se fazer sentir desde a mais tenra idade.
Então, que tal reduzirmos tanta pressão sobre eles e nós?
Portanto, sejamos mais solidários com nossos filhos e deixemos um pouco de lado as nossas próprias angústias. Não acho que existam fórmulas simples para enfrentar essas e muitas outras questões que envolvem a criação dos pimpolhos, mas quem sabe um pouco mais de atenção, amor e uma boa e salutar convivência familiar não atenuem, e até mesmo eliminem, alguns desses sintomas da modernidade.
Sejam eles geniais ou apenas normais, talentosos ou simplesmente cidadãos corretos e bons profissionais, ao invés de pensarmos em criar seres incríveis devemos contribuir para que as crianças se tornem adultos felizes e que vivam suas existências em paz.

Fonte: Revista Carta Capital - 03.12.12

Vítimas de agressão na infância podem se tornar adultos violentos



Estudo ouviu quatro mil pessoas em 11 capitais do país. Setenta por cento dos entrevistados disseram ter apanhado quando crianças.
Veruska Donato (São Paulo)
Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo mostra que quem apanha na infância, muitas vezes, vira um adulto violento, que espanca crianças. Segundo o estudo, que ouviu quatro mil pessoas em 11 capitais, o agressor de hoje já foi vítima da violência na própria casa no passado.
“Quem sofre a punição física quando criança tende a aprender isso também como comportamento aceitável e como uma maneira de lidar com o conflito. Se ele não tiver outras maneiras, outros modelos ao longo da vida, isso tende a se repetir”, explica Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Violência da USP.
Setenta por cento das pessoas ouvidas na pesquisa disseram ter apanhado quando crianças, sendo que 20% todos os dias. Foi esse grupo, dos que sofriam agressão com frequência, que admitiu que bateria muito nos filhos quando eles se comportassem mal.
A maioria dos entrevistados apanhava com vara, chinelo, palmada e pedaços de pau. “Geralmente você começa dando uma palmada até que essa aparente e inocente punição física se transforme em espancamento com pedaço de pau”, diz o pesquisador.
Para o juiz da infância e juventude, Luiz Carlos Ditomazzo, os casos que chegam ao Tribunal de Justiça de São Paulo mostram que o agressor pode ser tanto rico quanto pobre. “Nós costumamos dizer que a parede do barraco é mais fina, mas eu não tenho medo nenhum de afirmar que acontece na mesma proporção nas classes mais abastadas”, afirma o juiz.
Luiz Carlos defende uma lei mais dura do que a prisão para o agressor e a obrigação de tratamento médico: “Além da pena, da sanção penal, é preciso que haja a obrigação de um tratamento psicológico ou psiquiátrico”.
Na comparação com uma pesquisa feita dez anos atrás, o percentual de entrevistados que apanharam quando criança caiu de 80% para 70%.
Fonte:http://glo.bo/MLTMtO

Os abusos da publicidade dirigida às crianças

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Especialistas da Aliança pela Infância e do Instituto Alana reuniram-se no último dia 9 de outubro em São Paulo para discutir sobre a situação da publicidade dirigida às crianças: o prejuízos para a infância, a legislação existente e o cumprimento das leis e a necessidade do brincar e do diálogo entre as famílias.

Menos conversas na família, prejuízos no desenvolvimento físico e cognitivo, erotização precoce, obesidade infantil, consumismo... estes são alguns dos prejuízos identificados pelos especialistas Roberta Capezzuto, Alex Criado e Adriana Friedman.

Alex relatou que existem várias iniciativas que buscam restringir o uso da publicidade dirigida às crianças, e que estas são pressionadas pelos meios de comunicação que trazem o argumento da liberdade de expressão, argumento este que defente interesses escusos.

Dentre estas iniciativas, o Projeto de Lei 193/2008 que regulamenta a publicidade de alimentos, no rádio e TV, dirigida ao público infantil e que está pronto para ir ao Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Para Roberta, além das leis é necessária a ação conjunta de famílias, escolas, movimentos sociais, ONGs, empresariado e o estado.

Adriana lembrou que até os anos 60 eram comuns as brincadeiras livres e criativas do faz-de-conta, dizendo que os brinquedos foram sendo introduzidos de lá para cá, tornando crianças (e adultos) cada vez mais dependentes dos aparatos tecnológicos que são os brinquedos atuais. 

A reportagem traz uma reflexão importante e pode ser acessada aqui.

Pacto pela Infância

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Por Sueli Passerini*


É possível alfabetizar uma criança com menos de 7, 6 ou até 5 anos de idade? Sim, é possível alfabetizar muito cedo uma criança. Mas será uma alfabetização significativa? Que comprometimentos podem advir do que entendemos como aceleração da alfabetização? Qual é o ganho efetivo para a criança?

Ouço muitas vezes no consultório os pais preocupados com o futuro caminho profissional definido pelo vestibular de seu filho ou filha de apenas 3, 4, 5 anos. Quando pergunto aos pais o que eles entendem do brincar de sua criança, geralmente respondem que é apenas um passatempo, exceto pelos jogos de raciocínio. Eles consideram importante preparar a sua criança para a vida, para a competição do mundo, para uma profissão que lhe dê "felicidade" - palavra quase sempre atrelada a "dinheiro".

No entanto, se olhamos a criança quando ela está brincando, fantasiando, subindo em árvores ou correndo com outras crianças, verificamos um universo muito particular no qual ela desenvolve capacidades e uma confiança que, muitas vezes, não encontramos no universo dos adultos bem sucedidos. É por esse motivo que nas escolas Waldorf nós defendemos que até pelo menos os 6 ou 7 anos a criança simplesmente... brinque. O tempo que alguns julgam que ela "perde" por não ser rapidamente alfabetizada, ela na verdade ganha, acumulando forças e mecanismos internos para poder enfrentar o mundo que às vezes tanto preocupa os adultos.

Há quase 100 anos da fundação da primeira escola Waldorf na Alemanha, cuja concepção, denominada Antroposofia, foi elaborada pelo filósofo Rudolf Steiner, acreditamos cada vez mais nessa prática, hoje disseminada em mais de 3 mil instituições em todo o mundo, orientando educadores quanto a essa questão. A antropologia antroposófica reconhece a importância do desenvolvimento físico, anímico e espiritual do ser humano em formação. E os sete primeiros anos da criança, por exemplo, representam uma fase de grande dispêndio de energia para preparar toda uma condição física. Isso se evidencia no princípio da troca dos dentes e em um desenvolvimento neurológico e sensorial que tem sua expressão no domínio corporal, na linguagem oral, na fantasia, na inteligência.

Contudo, é na atividade do brincar que essas capacidades são desenvolvidas com alegria e seriedade, com atenção e responsabilidade, com segurança e confiança em um mundo bom, que não exige da criança além de suas possibilidades, ou seja, uma entrada precoce no mundo adulto. E alfabetizar precocemente significa empurrar a criança para o mundo adulto (para o qual ela não está preparada, portanto) antes da hora, um gasto de energia que poderá fazer falta na vida futura dela.

Em minha experiência docente, assim como psicopedagógica, sempre constato que, para uma criança pequena, o código alfabético é estéril, sem cor, sem beleza, pois é abstrato e desconhecido. Mesmo depois de alfabetizada, é o desenho que representa tão significativamente as suas vivências. Podemos verificar tal condição quando estudamos a escrita de nossos antepassados e a forma de comunicação de nossas crianças, o desenho. A escrita do povo egípcio, os hieróglifos, é a representação objetiva da realidade, ou seja, a re(a)presentação do mundo sensório pelo desenho. Mas quando em 3.000 a.C. surgiu a escrita fonética dos fenícios, ocorreu um distanciamento dessa forma de expressão, porque o fonema não tem mais relação direta com os elementos do mundo circundante.

O desenho da criança é, portanto, a sua forma de comunicação natural, semelhante aos antigos egípcios, que revela seu universo infantil com o código que lhe é caro e próprio. Quando a sua criança lhe mostra um desenho que tenha feito, ela está lhe contando como vê o mundo, como se sente, se está alegre ou triste. Não é só a escrita que é capaz disso.

Nas escolas Waldorf a alfabetização pelo código fonético inicia-se pelo desenho, de forma lenta e gradual, a partir dos 6 anos, mas o desenho e a pintura correm em paralelo por toda a escolaridade, como uma forma de comunicação tão importante quanto nossa linguagem escrita.

A pedagogia Waldorf pressupõe que o professor, realizador dessa pedagogia, conheça o ser humano em seu desenvolvimento geral, respeite o contexto sociocultural em que o aluno está inserido e saiba organizar seu ensino privilegiando a brincadeira, o canto, a dança, para que a alfabetização (e qualquer outro conteúdo de ensino) tenha significado e seja efetiva.

Entendemos o brincar como o princípio lúdico que embasa as atividades artísticas e orienta toda a prática docente, mas que também significa ou re-significa o ensino-aprendizado, pois é o motivo, o vínculo afetivo com o professor e com o conteúdo. Termino com a frase do filósofo Friedrich Schiller: "O homem só brinca ou joga enquanto é homem no pleno sentido da palavra, e só é homem enquanto brinca ou joga".
* Sueli Pecci Passerini é doutora em Psicologia pela USP, professora da FAAP e autora de "O Fio de Ariadne - Um Caminho para a Narração de Histórias"; coordena cursos de pós-graduação em Pedagogia Waldorf e integra a Aliança pela Infância.

Fonte: O Estado de São Paulo - 30.09.2012

Feira de Trocas de Brinquedos



Pensando no Dia da Criança, no dia 06 de outubro, o Instituto Alana, de São Paulo, propõe a realização de uma Feira de Trocas de Brinquedos em todo o Brasil. "A idéia é promover um momento de reflexão sobre o consumo e estimular o senso de comunidade."

Para ajudar os interessados em realizar sua própria feira, o Instituto idealizou um "guia" que pode ser acessado aqui.

É urgente que as crianças tenham de volta a infância


Fábio Barbirato, diretor do setor de psiquiatria infantojuvenil da Santa Casa do Rio de Janeiro, dá ótimas dicas sobre a saúde mental da criança em sua entrevista ao jornal O Globo, no último dia 19 de agosto.

“A busca desenfreada por sucesso está impactando cada vez mais a saúde mental das crianças” que, com 4 ou 5 anos ainda não estão preparadas psicologicamente para passar no vestibulinho de uma escola classificada no ranking das dez primeiras, ou para desenvolver uma letra cursiva perfeita. Segundo ele, existem áreas do cérebro que ainda não estão desenvolvidas nessa idade e, por isto, tantas exigências tendem a desenvolver nas crianças quadros depressivos e ansiosos, que levam este problema para a fase adulta.

Ainda segundo Barbirato, tanto os pais muito austeros quanto os permissivos se desqualificam para a educação do filho. “Quando o pai é permissivo, a criança não tem noção de limite... Já o pai muito austero não deixa que a criança crie uma estrutura para se impor.” Para ele, o efeito é o mesmo, deslanchando sintomas de depressão e ansiedade.

Barbirato afirma que a qualidade do tempo que os pais passam com os filhos é muito importante, e que é urgente que as crianças tenham de volta a infância.

A Medicalização da Infância


Para ler o texto acima, clique sobre ele para ampliar

Para ler o Caderno Completo com os Subsídios dessa Campanha, baixe clicando AQUI

Quem apanha na infância tende a resolver problemas com violência

O estudo mostra que vara, cinto
pedaço de pau são itens mais 
comuns que a palmada
Crédito imagem: iStockphoto
Esta é a conclusão de pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o estudo, quem sofre agressões quando criança tem mais chances de adotar a violência como principal mecanismo de solução de conflitos.

O estudo apontou que as crianças tendem a reproduzir os padrões de violência em situações de conflito e que adultos que sofreram agressão na infância tendem a ser agressivos com os filhos.

Mas para o pesquisador Renato Alves, o contexto em que vive o indivíduo ao longo de sua vida e o contato com outros métodos de resolução de conflitos podem ensinar como melhor enfrentar estas situações.

O Banco de Leite de Botucatu


O Banco de Leite do Hospital das Clínicas é um importante serviço da Unesp de Botucatu que coleta, pasteuriza e distribui o alimento materno para bebês internados no Hospital.
O Banco tem como doadoras mães das cidades Anhembi, Areiópolis, Bofete, Botucatu, Conchas, Itatinga, Pardinho, Pratânia, Piramboia, Porangaba, Torre de Pedra e São Manuel. Essas mulheres são cadastradas e todas são orientadas sobre como proceder na hora de coletar o leite. A mãe não tem gasto nenhum com essa doação, sendo que o Hospital disponibiliza todo o material necessário e ainda vai buscar o leite na casa da mãe.
Além de coletar e distribuir o leite, o Banco de Leite presta assistência às mães e aos bebês em situações de dificuldades no aleitamento materno. E ainda realiza atividades e eventos para sensibilizar os profissionais da saúde para que promovam a mudança de rotinas e condutas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce.
O Núcleo da Aliança pela Infância em Botucatu quer aproveitar a comemoração desta Semana do Aleitamento Materno para agradecer aos profissionais do Banco de Leite do Hospital das Clínicas de Botucatu e prestar uma justa homenagem à Dra. Marineusa Nunes de Souza, falecida em 2007, uma grande amiga das mães e das crianças da nossa cidade, e uma das fundadoras e grande incentivadora do Banco de Leite.

Veja mais sobre doação de leite no site da Aliança pela Infância.

A importância do Aleitamento Materno

O leite materno é um alimento essencial para a saúde do bebê e traz benefícios também para a mãe que amamenta. A criança recebe todos os nutrientes de que necessita até o sexto mês de vida e também toda a memória imunológica materna, ou seja, é protegida contra a maioria das doenças infecciosas.

A mãe beneficia-se com um período de infertilidade maior em relação àquelas mulheres que não amamentam, com uma recuperação de peso mais rápida e com um risco menor de contrair câncer de mama e de ovário. Além disso, o aleitamento contribui para estreitar o vínculo entre mãe e filho.



"A amamentação é o ínicio da nutrição humana e seus benefícios serão observados pelo resto da vida" Marineuza Nunes de Souza

Semana do Aleitamento Materno


A saúde da criança está diretamente relacionada com uma gestação sadia, com uma alimentação adequada desde os primeiros dias, com a presença de ritmo em seu dia-a-dia, além do afeto, que é algo essencial.

Nos primeiros meses de vida da criança, quando possível, o leite materno deve ser seu único alimento. O aparelho digestivo dos recém-nascidos precisa de um tempo de amadurecimento para lidar com os outros alimentos que, introduzidos de forma inadequada, podem causar sérios danos ao organismo.

Crianças alimentadas com leite materno são habitualmente protegidas contra resfriados, alergias, diarreias e infecções. Nenhuma outra espécie de leite atenderá tão perfeitamente às necessidades físicas, afetivas e emocionais das crianças, nesta fase da vida.

Por outro lado, com a amamentação estabelece-se um vínculo e uma troca amorosa entre a mãe e a criança. A criança que se sente amada e aceita, desde o início de sua vida, tem menores chances de desenvolver o impulso da violência.

Incentivar o aleitamento tem sido uma das grandes campanhas da Aliança pela Infância que realizará diversas atividades no Brasil na semana de 01 a 05 de agosto. Veja mais.

Brincadeira das cinco marias

Crianças do Projeto Bem Te Vi jogando 5 marias


No Brasil a brincadeira é conhecida como cinco marias. No Japão, o seu nome é otedama.


As regras da brincadeira variam bastante, de lugar para lugar, mas, na base, o jogo é sempre o mesmo.

Trata-se de uma brincadeira muito antiga e muito divertida, que pode ser executada com cinco pedrinhas, do mesmo tamanho, ou, cinco saquinhos feitos com retalhos de tecidos, e recheados com arroz cru, areia, milho ou feijão.

No Japão, o recheio costuma ser de feijão azuki, onde, cada saquinho, costuma ter, também, um sininho dentro.

Cada participante da brincadeira tem o seu próprio jogo de cinco pedras (ou cinco saquinhos). Na sua vez, ele segue os passos abaixo:

1- Jogue todos os saquinhos no chão. Depois, escolha um deles e pegue-o sem tocar nos demais. Em seguida, jogue-o para o alto e, enquanto o saquinho estiver no ar, apanhe, rapidamente, um dos saquinhos do chão. Faça isso sem tocar nos outros saquinhos. Rapidamente, apanhe, com a mesma mão, o saquinho que estava no ar. Coloque o saquinho que apanhou, no chão, e, em seguida, faça a mesma coisa com cada um dos outros saquinhos.

2- Jogue, novamente, todos os saquinhos no chão. Em seguida, apanhe um saquinho sem tocar nos demais e lance-o ao ar. A operação é a mesma da fase anterior, só que, desta vez, o jogador deverá apanhar dois saquinhos de uma vez. E em seguida, com a mesma mão, apanhar o saquinho que jogou no ar.

3- Desta vez, depois de jogar os cinco saquinhos no chão, o jogador deve jogar um saquinho no ar, e rapidamente, apanhar um saquinho do chão para, em seguida, apanhar aquele que foi lançado, com a mesma mão. Depois, repetir a operação, só que, desta vez, deverá apanhar todos os três saquinhos restantes, de uma só vez. Em seguida, apanhar aquele que lançou no ar, com a mesma mão.

4- Nesta fase, repetir a mesma operação mas, após lançar o saquinho escolhido ao ar, ele deverá apanhar todos os saquinhos restantes, de uma só vez. E, claro, apanhar aquele que atirou no ar, com a mesma mão, sem derrubar nenhum. Se o jogador esbarrar em um saquinho enquanto escolhe o aquele que será lançado; ou se ele derrubar um saquinho em qualquer etapa da na brincadeira, a sua vez passará para o próximo jogador.

Vence a brincadeira, aquele que conseguir cumprir todas as etapas, de uma só vez. (Costurar as cinco marias é muito fácil. Basta cortar quadradinhos de retalhos, do mesmo tamanho, e fechá-los com um pesponto manual. Se alguém encontrar dificuldades, escreva pra gente! Nós teremos prazer em mandar um desenho detalhado do processo.)

Uma ótima diversão!

Refeitório do Bem Te Vi ganha decoração com estêncil

Tanyu e a técnica do estêncil

Na última sexta-feira o Bem Te Vi ganhou um presente. O refeitório do projeto foi lindamente enfeitado com girafas, tatus, pacas, passarinhos e outros bichinhos do mato. Do projeto, organizado por Silvia Sasaoka, do Instituto Botucatu, participaram o estagiário americano Tanyu, e a Sandra, do Botuáfrica, com sua técnica de estêncil. Eduarda e Lucineide, da equipe da Aliança, ajudaram na produção. Vai ser uma surpresa que as crianças vão adorar!

Impacto da educação inclusiva na pré-escola é avaliado em pesquisa


Experiência da diversidade na infância pode promover a abertura ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura, sugerem pesquisadores da USP.


Experiências vividas na infância são fundamentais para definir as características mais marcantes do caráter de uma pessoa. Esse pressuposto serviu de ponto de partida para uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Psicologia da USP, para avaliar o quanto a experiência de uma educação inclusiva na pré-escola pode promover a abertura em relação ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura.

Segundo a pesquisadora Marie Claire Sekkel, que realizou entrevistas com crianças do Ensino Fundamental, provenientes de uma pré-escola inclusiva, a abertura para com o diferente manteve-se independentemente dos valores familiares. “Há algo comum na educação dessas crianças para o qual a escola exerce forte determinação. Isso mostra o potencial das instituições de educação na formação desses alunos”, disse ela. Maiores informações poderão ser encontradas na página da FAPESP.

Aliança pela Infância leva debate sobre sustentabilidade do ser para Rio + 20

Andressa Pellanda (Aliança pela Infância)

Além de integrar um stand na Cúpula dos Povos, a Aliança pela Infância participou da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em um evento sobre Consumismo Infantil, Publicidade e Sustentabilidade.

Ute Craemer, fundadora da Aliança no Brasil, deu uma palestra sobre sustentabilidade do ser, no dia 13 de junho, no Riocentro, em um evento destinado a organizações credenciadas na ONU. Com a presença de cerca de 120 pessoas de todos os continentes que, segundo Isabella Henriques, diretora do Instituto Alana, superou as expectativas dos organizadores. Ute abordou um aspecto do tema que ela chamou de “sustentabilidade da consciência individual”.

Cada pessoa que acredita na sustentabilidade ecológica, política e econômica encontra isso dentro dela mesma, em uma sustentabilidade interior. “Sem a conscientização que vem de dentro para fora, resta somente a teoria das políticas sustentáveis. É na mente, no coração e nas mãos que se cria a cultura de Paz”, explica Ute.

Participaram também como palestrantes Ana Claudia Bessa (Infância Livre de Consumismo); Gabriela Vuolo (Instituto Alana), que falou das leis de proteção à criança e da necessidade de denunciar os abusos; Ana Maria Wilheim (Akatu); Mariana Ferraz (Idec) e Roseli Goffman (CFP).

Fonte: www.primeirainfancia.org.br - 06/julho/2012